Na cidade das sombras, só há fumo e gás
abutres, hienas como ladrões e pessoas más
marcas de alcatrão antigo colorem a avenida
toda a alma pela ceifa da malícia foi tolhida
laboratórios criaram venenos que mataram gente
de forma indigente, indecente, horrenda e corrente
torrente de sangue e corpos enterrados a quente
de forma abrupta e sem requerimento ou pergunta
era total o desrespeito pela lembrança da defunta
discotecas agora vendem ácidos a caveiras e esqueletos
que se alimentam de drogas, acido sulfúrico e cianeto
neste submundo encontram-se situações do arco da velha
o ser humano fez-se um vulto, sem chama, espírito ou centelha
o espiritismo engoliu o cepticismo e revolucionou o pensamento
a fantasia tomou o seu lugar no assento mor do parlamento...
feitiçaria é uma vizinha interesseira que te torna no teu pesadelo
adivinho a asneira que se avizinha cortando o destino com um cutelo
a instrução que recebo e não nego nem renego é de cortar o nervo
não há tristeza quando me desintegro, na varinha pego para matar o servo
acorrentado, desorientado, todo arrebentado, apertado de coração
mal tratado na prisão, virtual coesão moral, que deixa enganado o cidadão
masmorra onde esta besta quer que eu morra, fechado numa cela em Andorra
aço é o produto que a forra, anseio a desforra, farto de ser ignorado, por esta camorra
que para o abismo me empurra, armada em burra, não sabem que eu sei voar
enviar sabedoria através do radar, mental descarregamento de informação secular
estropiem o físico, façam de mim tísico, que eu riposto com o terror empírico
cínico, crítico, lírico, sanguinário como um morcego, antecedo o anoitecer vampírico
de dentes afiados, laminados, eliminados falsos e falsos iluminados, acordos quebrados
por escritores desconfiados, de agentes apalhaçados, a tua mente foi criada por
espermatozóides atordoados...
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