Num covil refundido nas cataratas do Niagara
um velho mágico encaixa rimas em série dentro duma arca
a Arca de Noé dos sonhos esquecidos
homens e mulheres pela poesia despidos
de preconceitos e dogmas que nos intoxicam
talento selvagem sem jornal ou rádio
ninguém o publicita
sobe a pulso
na força de um impulso
não escrevo avulso
pensarei até ao sepulcro
escuto em formato psicofónico
quando a alma se revolta o tumulto é hipersónico
veto toda a forma de distorção da verdade cristalina
atina sem platina
a escrita é uma menina que com fantasia
um mundo melhor
em paz sem balas ou minas
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