Apresentação

Ser humano é medo, é fragilidade, lágrimas e sangue...
sofrimento, agonia, angústia e lamento sem fim...
a mim, a ti, a nós, o medo atacará até perder a voz..
vocês não acreditam...
enquanto isso..
ele age silenciosamente ...

Somos alimentados por medo!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Escrita!

Vinte e dois anos vividos sempre no limite da aresta
De esquina em esquina a tentar filtrar o bom
Que cada pessoa me oferece, permaneço
Igual a mim próprio, nem arrefeço nem
Aqueço, sempre igual à matriz que sigo
Desde puto, culto faço por ser, a cada dia
Procurando nova cultura, seja poesia ou
Musica, lúdica sempre com uma lição a tirar
Da sua letra,

Fragmentos duma vida dispersa
Agrupados por uma psicose, criando um
Quadro onde relembro memórias onde
Choro, sorrio, vivo, festejo, beijo e
Tremo ao frio, cobiçando o calor que
Me seduz num abraço forte.
Mas a vida não é só magia,
A morte plagia essa importância
Substancia a sua silenciosa justiça
Copiosa chuva de impotência
Física onde me escondo e
Componho com agrado
Fado alegre que faço por
Continuar durante anos a
Fio sem subsidio ou incentivo
De famosos mesmo assim
Tenciono deixar os meus
Pais orgulhosos!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Versículo

Ziguezagueante nesta incessante luta
labuta contra seres depressivos com adjectivos
depreciativos pouco guarnecidos de bom senso
imenso e extenso pensamento que se alonga
numa onda de amostragem de capacidade
de escrita, estimula o cérebro e faz com que
ele brilhe, trilhe o percurso que tens que seguir
dá vontade de rir quando veja esta gente perdida
fazendo figuras de urso.

Não estão cientes
da dificuldade que é limar um estilo e defini-lo
de forma correcta, projecta aquilo que pensas
no papel que te enfrenta, que te atormenta
e não te deixa dormir, antes de criticarem
parem para pensar no esforço e dedicação
daqueles que nunca pensaram em desistir
são infantes que nunca irão chegar ao trono
tão cobiçado, içados até ao ridículo pela fama
cega que os envolve, nestes casos bicudos,
nem a melhor literatura urbana resolve !

Consumido pela chama da inveja, sobeja
ignorância e fraqueza de espírito,
mentes apodrecidas em crónico estado
clínico, cínico e de olhos baixos, bêbedos
como cachos e não dizem nada que contenha
lógica, pródiga visão que me ofereceram enquanto
criança, embalado na magia eloquente da dança,
cortei relações com quem me queria ver
envolto em ralações, caído em alçapões
sem forças para emergir, surgir outra vez
revigorado em frente a vocês, sem porquês
só vidrado no objectivo primordial,
tratar de calar todas as bocas duma só vez!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mente na sociedade!

Pondero sobre a preponderância
relevância da mente na sociedade
em que finco pé. Pé ante pé, até ao
sopé da encosta onde vejo a sé
inspiro profundamente,
ajo condignamente de acordo
com a situação, ebulição extemporânea
da camada cutânea que reveste
o meu ser, a ferver caminho
alinho os astros em meu torno,
processo sem retorno, rimas saídas
do forno, exijo máxima temperatura
não admito nada morno. A mente
é crucial no ancestral ciclo do pensamento
alongado ou no momento, cozinho
refeições espíritas, para hipotálamos
em situações criticas, alimentícias
como carícias de uma mão terna,
eterna ligação ultra-orgânica ,
canal de ligação por onde se
transmitem sorrisos, lágrimas
e abraços, baço horizonte
é engolido num fluxo de luz e pujança
onde dança o segredo da humanidade
unidade entre corpo e alma,
salva de mérito para alcançar este estádio
estonteante estremecer da realidade
brutalidade fantasista, como um
monge copista redijo o novo
mundo real que alberga
esta velha sociedade!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Orgânica(Mente) Mecânico!

Hipnose progressiva
agressiva e assassina como a tua sina
que vaticina que serás alvo
a abater por seres medicinal como uma
vacina, sobeja inveja que peja pela
arrogância sem substância, irrelevante
ganância que usurpa a visão periférica
que te é dada à nascença, licença para
vencer, sem temer a terra tremer, incandescer
como um ponto de luz no fundo do túnel
inútil, fútil intento tentar fazer-me desistir
insistir nesse tópico é utópico como
sobreviver a um apocalíptico pensamento
ciclópico ,  fantasmagórico alucinar
onde vangloriam-se almas dispersas
submersas, surgem a uma rapidez
imperceptível à retina humana,
ao alcance da mais pura visão,
fina como cristal, abismal e abissal
diferença entre a apática vida na terra
e a loucura incessante, estonteante
modo de viver e conviver, coexistir
com este dom que me incrustaram no
momento em que fui dado à luz,
reluz dentro de mim, leve como
cetim, até ao fim, inspiro confiança
quando o futuro me afiança que
esta aliança com a criação me
amansa o espírito,o tira de um
sintomático estado crítico, psicadélico
bélico carácter granítico, típico
fatídico destino, libertino, sem tino
ou tentativa de ânimo, processo
orgânico. É te sabido de antemão ,
isto para mim é puxado com
profundidade excessiva do fundo
do coração!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Êmbolo!

Deslizo na mente como um êmbolo
atónico neste holocausto de hipocrisia
azia sinto quando vejo tanta vaidade
permanente que tenta com ferocidade
arrombar a porta do meu sagrado templo
impenetrável, como uma barreira em chamas
inquebrável como aço fundido no fogo duma
fornalha, não falha, na ponta limalha escorre
tinta ácida onde escrevo um conto sádico
entre a substância proibida e a mais bela
mortalha,

 é surreal, transcendente de certa
forma incandescente inflama a minha circulação
sanguínea, alínea a alínea, vou limando o que
de mau me cerca, aperta contra o muro
da destruição, intuição faz-me acreditar
na pulsação cardíaca que me compassa
o cada passo que dou neste espaço
devasso onde a inveja, arrogância
são um erro crasso, desfaço esta camisa
de forças em que me querem inserir,
a escrever sem ferir afasto-me deste
plano diabólico, bucólico estilo de
descrição deste ensaio insano para
me roubar o único vector que me torna
humano: O coração!

domingo, 16 de outubro de 2011

Pensamentos Dispersos.

Esdrúxula quantidade de escrita
exorbitante esforço até falta de sanidade
excitante sentimento de produção de qualidade
perfuração de canais mentais submersos
perversos devaneios que focam aspectos físicos
míticos minutos de conexão arte-intelecto
de peito feito com uma caneta no lugar
do coração que bomba analogias verbais
principescas e vigilantes

perante o afundar
da selva de betão em que infelizmente fui
dado à luz com amor mas sem sequer imaginar
na maldade que um dia engoliria este piso
onde profetizo e idealizo sem ciso ou sorriso
ironizo quando aviso quem me segue que o
mundo do talento é doentio e interesseiro
suga-te até ao tutano, ano a ano, sobe o pano
profano e o mundo belo vai pelo cano ,
tudo é imediato, sem tacto, com faca de mato
desbrava-se humildade e sinceridade,
quer-se tudo em antecipação, sem coração
acção sem adoração, obra-prima sem evolução
empréstimo de talento sem devolução,
vigaristas riem-se entupidos em bajulação
mentes porcas e vazias sem literal inoculação
entre o papel e mão não há relação
cada frase sua é uma chocante revelação
parecendo um jornal sensacionalista para
entreter a população!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mau Feitio.

Entre vogais e consoantes
consoante o assunto
diversas variantes
concebo um fruto
não sou como putos errantes
que se matam a fumar um charuto
ouço um violino ao fundo da esquina
uma bonita menina toca profundo
alguém dentro de mim poesia recita
incita à criação instantânea
vulcânica erupção gramatical
recital de arte aparte do comum
um a um tombaram os meus amigos
cada vez mais neste mundo me sinto à parte
numa realidade distinta
cinzenta sem textura ou tinta
faminta fome de ver mais além
há sempre alguém que nos eleva
releva o que temos de melhor
amor é palavra amaldiçoada
soada a trompa da guerra
cerra os dentes e luta pelo que acredita
solidifica o que concebe
escorro sangue esvaído
sustenido fado entoa na galeria
permaneço escondido no meu canto
não canto lançado por sereia
alcateia de versos endiabrados
redigidos num papel
agridoce repertório
notório desafio é ficar vivo
antes tivesse tanto talento
como tenho de mau feitio....

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Numa terra escondida...

Numa terra escondida
comedida na fama
com grama e árvores de
grande porte, mora uma gente
sem sorte, que vive sem suporte,
sozinha à Norte, imbuída numa
hipnose em excessiva dose, mulheres
criticam tão rectilíneo como corta e
cose, a pose é sempre a mesma,
lentas e viscosas como lesmas, só
vivem em festas, nefastas, só ligam
às castas, deixaram de ser honestas,
quando tu no labor o teu tempo gastas,
protestas, elas mentem com todos
os dentes enquanto tu a maçã da verdade
aspirante descascas. Gasto está o tempo
para aspirares a um lugar no pódio,
o ódio é químico como cloreto de sódio,
és vítima em cada episódio, vives numa
lástima, entre futebol e Fátima, a teoria
é básica, trágica, a felicidade esporádica,
a ambição é ser mediática, certo como
matemática, numa espiral de violência
absurda que envolve as ruas como
uma aliciante temática!

Estou farto deste bebé social
que se envaideceu no parto,
putos estragam-se no quarto,
matam-se com substâncias ilícitas
eu prefiro perder-me em líricas
desmascarando caras cínicas
com palavras luxuosas e metáforas
demoníacas, visceral, discípulo
do mal, com foral para envolver
este burgo num lamaçal de maldade
mediocridade, eu tenho matar este
bicho, vindo do lixo, proscrito,
eu grito e gesticulo, anulo a sua acção
bem sei que quando age o faz sem
coração, adoração ao seu culto
encaminha para o sepulcro,
só quem for inculto, pode levar
esta luta de força absoluta como um
insulto, porque quem o fizer
pode ter a certeza que vou erguer
e fazer encher e arder estas
ruas com um desmesurável
tumulto!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Afogo-me!

Afogo-me!

 Ajuda-me!
Ninguém me ouve! Porra!

Está tudo a fazer preces para
que caia e morra, no fundo do
mar azul, preso ao anzol da morte
sem sorte, não tenho porte nem suporte
onde me agarre,  enquanto a vassoura
da vida me varre do seu salão..

São 2 da manha, é hoje ou amanha?
Nesta vida que finda fui vilão e galã,
vã existência, proeminência de medo
segredo ao ouvido da consciência que
a minha ciência giza-se diariamente
no escrutínio da minha vivência..

A consciência ouve e pondera
apodera-se do meu ser, tento ser
alguém mais sensato, ponho as tristezas
num saco, capto toda a felicidade que me
rodeia e incendeia,

jogo o saco fora,
sei que a sociedade o devora, agora
sou uma pessoa mais de bem com a vida,
persuasiva numa escrita intuitiva, progressiva
mais ou menos agressiva, missiva pura
como diamante que perfura mentes
mais perdidas, direcção exacta para uma
vida mais positiva!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desespero!

A tarde finda...
o sol devagar minga
tomba perante a enormidade
da escuridão, sofreguidão
irrompe pelo circuito interno
do ser humano eterno escravo
das oscilações dos astros..
o céu desaba passo a passo
faço a ultima reza para acalmar
esta hecatombe que não cessa
no cimo do monte a erupção de
malícia prossegue da bola de cristal
da velha bruxa....
receio o fim da minha espécie
intempérie visceral ceifa
vidas em série e eu sinto-me cada
vez mais só na garganta sinto um nó
e nos olhos pressinto o terror
de ver este demónio voraz
diluir almas no seu leito sem remorso
ou dó...
de tanta dor já tenho alucinações
vejo a minha avó vaguear
feliz e desenfreada
fantasiada realidade que eclodiu
duma placenta de ilusão
....
apocalíptico espelho de uma realidade
surreal, irreal, o desespero é uma certeza
que tem a miséria como filial...
ando aos tombos, ensanguentado
abandonado pelo karma astral,
filosofal pensamento levou-me ao bloqueio
anseio de um novo que se desmoronou
numa questão de segundos...
nesta guerra insensata no submundo
guerra dos mundos...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dois versos : Uma alma!

Já são milhares de letras
sem tretas só ideias concretas
não me chames profeta só porque uma
rima te afecta, sou um novato na escrita
uma década de aperfeiçoamento da métrica
frenética e por vezes fonética longe dessa
pobreza patética que passa na televisão
para gente sem visão com a alma fria como
uma cidade soviética...

A escrita é como um copo de vinho
devagarinho tem que ser saboreada
assediada com classe embelezada
com carinho como um beijo na
face, relance de ideias dispersas
mas que se aglutinam quando as
versas, as mais sinceras são
as mais raras como autênticos
gatos persas...


Sem trabalho nada se faz!

Trabalha porque sem trabalho
não gizas o teu horizonte
há um monte de descobertas
no fundo da questão não te
foques no cabeçalho
tu pesquisa mais não ligues
só ao que eu profetizo
ironizo sobre cunhas e falsos
méritos em impérios
será que agora esta falsidade
nos obriga a ser menos sérios?
Prefiro manter-me limpo o
importante é tentar evitar o
nervoso miúdo e mudo mas se
vir que não extraio a pureza que quero
daquilo que escrevo podes crer
que eu mudo. Porque não admito
não ser sincero com quem
me acompanha cada façanha
que protagonizo sem manha,
portanto se queres ser grande
expande o teu fruto torna-o adulto
que eu o catapulto para a luz do
reconhecimento mas não da fama
não vou embevecer toda a gente com
este produto para depois lhe fazer a cama
desengana-te quando te dizem que a
arrogância é algo que encera os grandes
falácia! Tudo isso é um errante mito
desagradável como um quisto
Abre os olhos rapaz! É demasiado
fácil passares de eleito a proscrito!
fico pro se investigo com motivação
e valor, analiso sem desprimor cada
traço da informação, deambulação entre
sons e palavras,  escuras e macabras
mas todas marcadas com um carimbo
distinto de devoção!Com tanta rima
quero-te dizer que tens que andar em
cima da situação com coração e mente
sempre à frente um passo sem andar
para trás, versátil seja no seio da guerra
ou no meio da paz, cultiva o teu trabalho e
colhe o prazer e orgulho, vê o brilho
nos olhos, emoções numa trilha
ama a arte e a sua convivência
como se ama uma filha!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Infância...Saudades.

Vêem-me lágrimas aos olhos
quando te vejo tremer de medo
com medo de beijar, de sentir
permitir que alguém te envolva
num abraço ou alimentar uma relação
até que ela totalmente se desenvolva

como uma borboleta no casulo
fechada e afastada da hipocrisia
ando fulo com a escuridão que assolou
a terra bela que aprendi a admirar
a inocência que me pintava o olhar
brilhava e mostrava sinceridade
agora é tristeza e choro
mentira, falsidade, frases feitas
e coro...

a infância é o tempo de ouro
bolas de couro onde putos jogam sonhos
choram agora em adultos por
se sentirem abandonados pela vida
pervertida e viciada em maldade
propiciada desilusão pelo melhor amigo
antigo companheiro que agora não
passa de um sujo desordeiro...

dantes brincava na rua
rua agora é um corredor da morte
sem sorte ou porte para esta luta
olha e escuta antes de atravessares
se passar algum patrão pede desculpa
culpa tens tu sem nada fazer
interessa é o teu dinheiro e posses
o meio é agredir-te ou fazer-te
morrer...

Relaxa

Muda o teu mundo
sê profundo na abordagem
arranja a coragem necessária
para inspirar tão fundo
se não tens cor na tua vida
pega na tinta que te falta
pensa numa frase divertida
e pinta-a na parede da tua sala
solta a raiva que guardas
berra aos sete ventos
rasga as tuas duras amarras
e pensa livre nos melhores momentos
depois ouve um som bem calmo
abstraí-te do bálsamo da apatia
centra-te na magia do palco
e na vibração que te influencia
vejo que estás totalmente liberta
desta espiral de ilusões falsificadas
a tua alma está deserta
de situações complicadas!

domingo, 2 de outubro de 2011

Fazes-me Falta.

Já faz tempo que te espero
como um relógio sem corda que aguarda ajuda
como alimento para alma e não pro ego
quero-te ao meu lado nestes tempos de luta
desfruta deste cachimbo da paz tão raro hoje em dia
a paz esconde-se por detrás de um pano escuro
procuro incessante pela tua luz inebriante
a saudade que sinto torna-me alguém mais obscuro
apraz-me dizer que sinto falta desse teu ser eloquente
dono de uma chama inédita neste burgo sem luzes
agonia em excesso que entope as saídas
fazes-me falta! Estou farto destas pessoas mal instruídas
que se enfeitiçam com cores e tecidos
prefiro melodias e poesias criadas por génios mal entendidos
mas tu, tu és diferente! Primas pela humildade e coerência
dás valor à existência e valorizas-la com ensino
mental e físico que te faz compreender a essência
da vida tal e qual como a projectamos no tecto
quando abraçados na cama como uma nave sem rumo certo
prospero na escrita mas desnivelo em sentimento
inefável sensação que nem cabe cá dentro
transborda como um leito inundado pelo degelo
de sensações que guardo no cerebelo
Fazes-me falta! Assim dou o término deste auto
imagino onde estás, um dia dou lá um salto
como um artista perdido nesta ruas sem palco
sozinho sem malta, em busca do elo de que sinto
saudade, aquele que me falta!