O cronómetro conta e desconta o tempo,
grandioso evento num feixe de poesia,
anestesia mental dilui-se no flúido pensamento,
medicamento alucinogénico como cannabis,
polúis o teu hipocampo, dantes era amplo
agora é diminuto como o descernimento
de um sonâmbulo, abominável visão
atemoriza-me num espelho prostado
na parede, a minha sede de bruxaria
engole o meu bom senso, pertenço
à seita dos poetas mortos, como corvos
esvoaçamos até aos céus mais profundos
, do inferno oriundos, como profetas
contemos no bico os mandamentos sagrados
para tempos mais fecundos.
A minha medula
estremece quando sinto violarem o meu casúlo,
fulo, de placenta em placenta pulo, enquanto
não chega o fogo da verdade, nele me emulo,
até as portas do paraíso, idealizo como será
esta nova passagem, hipersónica viagem,
um combinado de loucura e coragem, o portal
abre-se na sua plenitude, com tamanha magnitude,
amiúde calcorreamos este trilho, em direcção ao
brilho, que nos levará ao eterno Éden, onde um
poeta é tratado como um filho!
grandioso evento num feixe de poesia,
anestesia mental dilui-se no flúido pensamento,
medicamento alucinogénico como cannabis,
polúis o teu hipocampo, dantes era amplo
agora é diminuto como o descernimento
de um sonâmbulo, abominável visão
atemoriza-me num espelho prostado
na parede, a minha sede de bruxaria
engole o meu bom senso, pertenço
à seita dos poetas mortos, como corvos
esvoaçamos até aos céus mais profundos
, do inferno oriundos, como profetas
contemos no bico os mandamentos sagrados
para tempos mais fecundos.
A minha medula
estremece quando sinto violarem o meu casúlo,
fulo, de placenta em placenta pulo, enquanto
não chega o fogo da verdade, nele me emulo,
até as portas do paraíso, idealizo como será
esta nova passagem, hipersónica viagem,
um combinado de loucura e coragem, o portal
abre-se na sua plenitude, com tamanha magnitude,
amiúde calcorreamos este trilho, em direcção ao
brilho, que nos levará ao eterno Éden, onde um
poeta é tratado como um filho!