Apresentação

Ser humano é medo, é fragilidade, lágrimas e sangue...
sofrimento, agonia, angústia e lamento sem fim...
a mim, a ti, a nós, o medo atacará até perder a voz..
vocês não acreditam...
enquanto isso..
ele age silenciosamente ...

Somos alimentados por medo!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hipotálamo

em cada linha da minha rima trago um agradecimento
que me trouxeram à tona em tsunamis de sofrimento
entre sonys e kunamis ele tímido solta um lamento
é uma ferida aberta sem qualquer tipo de isolamento
.......

Num estilo de escrita escondido na cripta
Fenícia ou Judaica 
toda a gente a julga arcaica
não abordo nada de ânimo leve
seja festa, funeral, feriado ou greve
cerebral e racional
como escritores no frio do Kiev
se existem problemas eu passo ao ataque
refundido nas grutas 
como os soldados no Iraque
ansioso para soltar o grito da revolução
o Vietname para muitos foi uma lição
tal insucesso foi dissecado numa canção
valete fez de anti-herói e avalizou a dissolução 
Castrou tomou Cuba levado por Guevara
criou um legado muito para além do que imaginara
trazia no bolso o comunismo que agora ninguém para
como tal Florbela Espanca com tamanha suavidade
capacidade para trazer a novidade
mulher genial é um poço de imprevisibilidade 
eu fui criado numa placenta poética
com uma lusa conexão fonética
 a voz de Zeca trouxe o timbre para a dica profética
sou mais apalavrado não sou de problemas numéricos
a pé ando sou avesso a teleféricos
rimo abençoado pela torre dos Clérigos 
doei a minha intelectualidade 
 a gente imunda
sem rosto, sem nome, sem idade
chorei e ri em pleno parque
Dona Maria Segunda
símbolo da cidade dos amigos
alguns recentes outros antigos
Famalicão tem muitos inimigos
sorrimos mesmo com vida de cão
tratamos bem toda a gente 
amigos de longa data ou apenas conhecidos
dá-mos a vida por quem amamos
pela justiça e sinceridade clamamos
a tristeza e mentira odiamos
conscientes e humanos
não sou animais como a aliança atlântica
a fazer segurança em Guantánamo
detesto pessoas cínicas
ou falsos doentes acamados em Clínicas
sem apresentarem fissuras mentais ou físicas
corro pela verdade como Rosa Mota
a quebrar barreiras míticas
tanto na rima como na prosa 
sou um anfíbio 
veloz como o Thorpe em mariposa
quando te olho nos olhos 
estremeço de alívio
quando os teus lábios se movem
espero que eles se adociquem e inovem
eles são simples e sábios
doces e mágicos
os lábios desta linda jovem
que leva à fantasia
extasia-me a mente
acordo em Atlantida
fraco e dormente
isto é tão metafísico e tão complexo
parece um exercício de física quântica!

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