Apresentação

Ser humano é medo, é fragilidade, lágrimas e sangue...
sofrimento, agonia, angústia e lamento sem fim...
a mim, a ti, a nós, o medo atacará até perder a voz..
vocês não acreditam...
enquanto isso..
ele age silenciosamente ...

Somos alimentados por medo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vingança

Gozado em pequeno
por não seguir a moda na voga
pontapeado no corpo vezes sem conta
é uma cena que ninguém acredita quando
se conta, mas a verdade é pura como a pureza
que eu não via nos olhos de quem me rebaixava,
fechava-me no quarto e escrevia no instinto
enquanto pensava nos sem-abrigo na rua
embevecidos em vinho tinto, ou senhoras
a vender a alma por notas, notava que era
tristeza fazê-lo, então tinha que dissecá-lo
ao descrevê-lo. horas e horas de rimas e prosas
pacíficas e assombrosas, alicerçadas em épocas
de paz ou mais nervosas, sempre disseram que
eram magnifícas, inovadoras, fugindo sempre
ás críticas típicas.
Noites consecutivas a criar frases a partir
do nada, não sou mago nem fada, sou
filho da escrita endiabrada, vertical nunca
dobrado, jamais pela lama da fama
impregnado, no Minho nado, no leito da
verdade nado sem instrucções ou restricções,
faço o papel e caneta terem fricções,
desgasto a minha mente com milhares de
alucinações!
Via-te rires-te de mim num
tom descarado, mas quando o assunto
era a mente eras desmascarado, mascarado
pela marca das tuas roupas, mas denunciado
pela tua cabeça oca, o carismo e talento não
se compra nas lojas da tua rua, nasce com
a pessoa, abençoa o feto ainda em formação,
afirmação lenta mas acertiva, nao falsiada,
trabalhei horas a fio, no fio da navalha,
na aresta afiada da limalha, para obter
o produto esperado, o verso limado
até à exaustão, holocausto na sua
opinião, quando eu pegar no meu hipocampo
e no meu coração, e efectuar o ritual,

divinal, ancestral, a perturbadora fusão!

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