Apresentação

Ser humano é medo, é fragilidade, lágrimas e sangue...
sofrimento, agonia, angústia e lamento sem fim...
a mim, a ti, a nós, o medo atacará até perder a voz..
vocês não acreditam...
enquanto isso..
ele age silenciosamente ...

Somos alimentados por medo!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Luar

Ao luar vive uma esperança que se esvai no vaivém eterno dos ventos que beijam as faces das mais belas moças  cidade fora. Cada pedra da calçada conta uma história inusitada, propensa a espanto, envolta em actos loucos, heróicos, que surgem pela extrema e quase suicida que o humano tem em se agarrar algo superior. Uma crença numa instituição a roçar o divino, alguém que tenha ascendido a um patamar inacessível de estatuto social, mental e espiritual tanto em si como em quem o admirava. É duma crueldade quase medieval fechamos o nosso coração a algo invisível, não palpável, escondido entre a bruma da duvida e da ausência de suporte físico, quando durante a vida, e esta sim física e material, somos confrontados com pessoas incríveis, com uma redacção de vida sumarenta, substancial quase em demasia, onde podemos beber sabedoria e estreitar laços de amizade e amor e darmos um colorido mais garrido e perceptível. Cada pedaço que absorvemos de cada pessoa, situação ou sensação que experimentamos, vivemos ou conhecemos, é uma aprendizagem para que no futuro nos possamos tornar um ser humano melhor naquilo a que se chama de interacção entre as pessoas na sua vertente pessoal e profissional. Durante séculos houve um bloqueio total na mente da sociedade, enclausurando o pensamento numa jaula viscosa, fria, escura e assombrada de uma ideia fixa e imutável de que para sermos correctos e nos identificar-nos como um dos demais, temos que crer cegamente num conceito, numa ideia absurda de escravidão ao velho estilo dos sultões árabes. Sou um anti-clerical assumido, mas nem é dessa condição que advém este ponto de vista, é talvez da paixão que tenho pela liberdade de pensamento, total carta branca para construção de teorias e mentalidades dispersas que quando conjugadas entre si podem dar um fruto: Entendimento entre partes distintas que resulta num esforço mútuo para mudar o que está errado, a escravidão espiritual e cognitiva do homem ao longo do desenvolvimento do planeta como habitável.
Não acreditar não é um eufemismo de moribundo, é uma condição como tantas outras, mas que não me coíbe de respeitar quem acredita, só tento captar o nocivo dessa questão e tentar tratá-lo com a ajuda do meu parecer. A chave mestra da coexistência humana não está numa uniformização do carácter de cada um , está na junção orgânica e ideológica de cada parecer, formando uma teoria magna, com vários afluentes mas apenas com um fim: A harmonia entre opiniões diversas!

Um obrigado a todo!

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