09: 45....
Em casa....
Ui? Barulho? Ouço um estrondo!
um berro hediondo vindo da rua
o uivar da revolução no meu ouvido ecoa
calma! Tenho que me munir das melhores armas
mal desço à calçada vejo pilhagens por alimentos e fármacos
forças de segurança ripostam com violência e autoridade
sobre estas pessoas cegas por falsas esperanças de prosperidade
sinto-me confuso...
a mente entra em parafuso neste ângulo obtuso
pensei que o 25 de Abril tivesse caído em desuso
expulso do centro comercial pela policia de intervenção
parto o vidro em sinal de protesto contra a subversão
aversão ao poder instituido pelos senhores das leis
eis que vejo várias raças em desacatos e disturbíos
nos subúrbios, fecharam as rádios, pegaram fogo aos estúdios
catapultaram esta escalada de violência
reclamando o direito à liberdade e à inocência..
governo apanha o vôo para Moscovo à ultima da hora..
sem chefia neste caótico país, como vai ser agora?
o sangue pinta as avenidas de um vermelho enraivecido
ódio fornecido por palavras de ordem e estandartes
com imagens de Salgueiro Maia e Zeca Afonso
encostado a uma parede penso:
como é possível bater tão fundo neste poço?
vejo pessoas que viraram animais, sem valores ou escrupúlos
mestres matam discipúlos com punhais e navalhas,
população vacilou perante um sistema com tantas falhas..
foi o crédito bancário e o aumento do défice,
várias casas com segredos e um ilusório país das maravilhas
sem qualquer tipo de Alice, o saco foi enchendo até rebentar
pelas custuras...
no fim da revolução sangrenta, a minha mente tenta carborar
içar qualquer pensamento à sala dos comandos
vejo rostos brancos, sem expressão, humanidade em aniquilação..
corpos inertes, neste vazio de espírito como um deserto,
tão longe e tão perto do objectivo desta sociedade,
sentir a suprema felicidade...
atingir o nirvana da existência humana...
transumana ideia que corrompeu a espécie e a fez
tombar...
olho para céu e vejo, a viúva negra manda um beijo
na face de Satã,
Senhores sejam bem vindos... ao dia depois de amanhã...
16:34...
Foi o ultimo relato que pude fazer, a eletricidade rebentou, ficamos sem
forma de comunicar...
Fui ferido numa rixa de rua com dicidentes...
Senão enviar mais nenhum relato, já sabe...
Sucumbi a este tubo que tenho a perfurar-me os pulmões..
agora tento fugir.... se eles me apanham...acabou....
16 de Novembro de 2024....
Em casa....
Ui? Barulho? Ouço um estrondo!
um berro hediondo vindo da rua
o uivar da revolução no meu ouvido ecoa
calma! Tenho que me munir das melhores armas
mal desço à calçada vejo pilhagens por alimentos e fármacos
forças de segurança ripostam com violência e autoridade
sobre estas pessoas cegas por falsas esperanças de prosperidade
sinto-me confuso...
a mente entra em parafuso neste ângulo obtuso
pensei que o 25 de Abril tivesse caído em desuso
expulso do centro comercial pela policia de intervenção
parto o vidro em sinal de protesto contra a subversão
aversão ao poder instituido pelos senhores das leis
eis que vejo várias raças em desacatos e disturbíos
nos subúrbios, fecharam as rádios, pegaram fogo aos estúdios
catapultaram esta escalada de violência
reclamando o direito à liberdade e à inocência..
governo apanha o vôo para Moscovo à ultima da hora..
sem chefia neste caótico país, como vai ser agora?
o sangue pinta as avenidas de um vermelho enraivecido
ódio fornecido por palavras de ordem e estandartes
com imagens de Salgueiro Maia e Zeca Afonso
encostado a uma parede penso:
como é possível bater tão fundo neste poço?
vejo pessoas que viraram animais, sem valores ou escrupúlos
mestres matam discipúlos com punhais e navalhas,
população vacilou perante um sistema com tantas falhas..
foi o crédito bancário e o aumento do défice,
várias casas com segredos e um ilusório país das maravilhas
sem qualquer tipo de Alice, o saco foi enchendo até rebentar
pelas custuras...
no fim da revolução sangrenta, a minha mente tenta carborar
içar qualquer pensamento à sala dos comandos
vejo rostos brancos, sem expressão, humanidade em aniquilação..
corpos inertes, neste vazio de espírito como um deserto,
tão longe e tão perto do objectivo desta sociedade,
sentir a suprema felicidade...
atingir o nirvana da existência humana...
transumana ideia que corrompeu a espécie e a fez
tombar...
olho para céu e vejo, a viúva negra manda um beijo
na face de Satã,
Senhores sejam bem vindos... ao dia depois de amanhã...
16:34...
Foi o ultimo relato que pude fazer, a eletricidade rebentou, ficamos sem
forma de comunicar...
Fui ferido numa rixa de rua com dicidentes...
Senão enviar mais nenhum relato, já sabe...
Sucumbi a este tubo que tenho a perfurar-me os pulmões..
agora tento fugir.... se eles me apanham...acabou....
16 de Novembro de 2024....
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