Apresentação

Ser humano é medo, é fragilidade, lágrimas e sangue...
sofrimento, agonia, angústia e lamento sem fim...
a mim, a ti, a nós, o medo atacará até perder a voz..
vocês não acreditam...
enquanto isso..
ele age silenciosamente ...

Somos alimentados por medo!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Noite de Loucura

Bebo vida por uma taça de vinho
ejaculo métrica natural como um azevinho
aleatório futuro jogado como dados na mesa
acesa vela mostra a tristeza da Princesa
pinto a sua face na tela bela e vazia
razia ela faz quando o seu sorriso alumia
a rua onde voa à toa sem direcção definida
na avenida estala o verniz com uma pessoa agredida
com escrita violenta que desmascara verdades
arrasa banalidades e transfigura ladrões e abades
neste circo social só importa o cheque não as amizades
continuo a beber na minha taça de prata
sensata sensação de ter vida de vira-lata
acendo uma cigarrilha e esfumaço até sentir o cartão
penso como Platão qual será o momento da prontidão
a luz já é fraca e é parca a sanidade a noite vai longa
alongo a imaginação para terminar este capítulo
sem mote ou título mas sempre com a fantasia como veículo
lentamente e sem pressas dou corpo a este versículo
sem chama, sem ardor, sem atracção, sem estímulo...

Acaba-se o vinho, taça seca
peca a cabeça por dor e tumulto
inculto gesto de destruição orgânica
urge em mim necessidade água
como de produtos de botânica....

Sem comentários:

Enviar um comentário