Na ruela se esconde o suspeito
com seringas e isqueiro
sorrateiro se eleva à condição
de drogado sem reabilitação
lívido e magro quase sem tez
a droga não chega ao fim do mês
mal ladeado, foi desencaminhado
é triste quando o senso é desvirtuado
por um vício ridículo e odiado
mas intensamente sentido no cubículo
o olhar é vago e centra-se no infinito
nele indago e tento decifrar o mito
compito com a dor a ver quem vence
mas estou certo que é a necessidade
que convence e leva este miúdo a
perder-se neste mundo imundo
submundo onde não reluz a luz
e só doença se produz em excesso
confesso que tenho medo de
nele cair sem amparo ou teia
que suporte a minha queda
ou algo para embutir no peito
no sitio de tamanha perda!
Sem comentários:
Enviar um comentário